sábado, 9 de maio de 2009

Futuro Promissor

Aberta a temporada do verão americano de 2009

X-MEN ORIGENS: WOLVERINE
(X-Men Origins: Wolverine; EUA, 2009)
Dir.: Gavin Hood
Com Hugh Jackman, Liev Schreiber, Danny Houston, Lynn Collins
1h47 min - Ação - 12 anos


Sabe quando todos parecem goostar de um filme e você está lá, solitário na platéia, achando tudo muito chato? Este era eu, há alguns anos atras, durante a sessão de X-Men 2. Nada para mim fazia sentido (salvo à excelente sequência inicial com um dos meus mutantes favoritos em ação, Nocturno), não tinha graça e tudo estava muito longe de me deixar empolgado como os quadrinhos e até a série animada. Era bem melhor do que o vergonhoso filme original, mas ainda assim ruim. O terceiro tentou com alguns personagens novos (como o Fera), mas o resultado final não foi satisfatório. Tinha declarado como encerrada a história dos mutantes na telona. Mas, anos depois, o filme-solo do mais famoso dos personagens: Wolverine.

Começa com o personagem-título ainda criança e sua primeira experiência com seus ossos afiados saindo de seu punho. Seu irmão Victor, também tido como uma aberração, aproveita a descoberta do caçula e foge com o pequeno. Crescem, lutam por várias guerras até serem descobertos como mutantes e isolados pela sociedade. Até serem recrutados pelo General William Stryker para formar uma liga de assassinos treinados. Decepcionado com o andamento das coisas, Logan resolve se isolar, mas com o tempo, seu passado o alcança e com um trágico desfecho, ele se tornará voluntário de uma experiência que o tornará indestrutível.

"Eu ja disse que essas suas unhas estão sujas, não disse?

E eis que os X-Men ganham o primeiro filme digno da série. Não é excelente ou memorável, mas entrega sequências de ação de encher os olhos. Hugh Jackman está pela primeira vez à vontade com seu mais famoso personagem e com um vilão à altura. Quem esperava mais dos mutantes coadjuvantes (como finalmente, Gambit) pode se decepcionar, dados os devidos minutos em cena. Os duelos entre Wolverine e o vilão Victor Creed (Dente-de-Sabre) são curtos, mas bem-feitos. Empolgam a platéia. A história convence e diverte, com piadinhas que acompanham a viagem ao lado de bons efeitos especiais. A direção segura e emplogante de Gavin Hood abre a temporada de filmes do verão americano com bom pique. O final do filme respeita a péssima história da franquia original e por isso deixa as amarras abertas. E com isso, a possibilidade de mais filmes-solo de outros mutantes se torna cada vez mais real. E quem sabe, mais filmes decentes para seu público cativo.

Nota: 8,0

Trailer:

domingo, 3 de maio de 2009

Ressentidos e Nostálgicos

A franquia ganha força, mas derrapa nas curvas

VELOZES E FURIOSOS 4
(Fast & Furious; EUA, 2009)
Dir.: Justin Lin
Com Vin Diesel, Paul Walker, Jordana Brewster, Michelle Rodriguez
1h42 min - Ação - 14 Anos


Quando o primeiro "Velozes e Furiosos" foi lançado em 2001, fez barulho: Luzes de neon, carros tunados, hip-hop bombando nas radios, dentre tantas coisas que pudemos perceber frente ao imenso sucesso de público. Em 2003, o pior da série foi lançado e alguns só ficaram satisfeitos com a terceira parte, de 2006. Bem, levou oito anos para os produtores perceberem que talvez fosse necessário a volta dos personagens originais (o que, ao meu ver, pelo menos, constitui uma sequencia) para que a série "Velozes e Furiosos" pudesse fazer sentido.

O filme se passa um tempo antes do terceiro episódio e começa com um belíssimo assalto em meio a estradas precárias da República Dominicana, com Toretto (Vin Diesel) e sua parceira Letty (Michelle Rodriguez) tentando roubar um caminhão-tanque. Enquanto isso, Brian (Paul Walker) investiga um traficante de drogas mexicano com quem Toretto guarda sérias rusgas. Os dois agora terão de se aliar para derrotar o inimigo em comum.

"É tudo Lego? Nem parece..."

Trazer o elenco original foi uma bela jogada. Mas o filme não se parece muito com um episódio de "Velozes e Furiosos", mas com qualquer outra história de  bandidos e mocinhos. Toretto não parece ser aquele cara ameaçador do primeiro filme. Todo aquele pique de rachas e assaltos são revividos em duas sequencias. A primeira, já citada e uma segunda bacana se não fosse por tanto GPS. A história batida e previsível, parece se preocupar muito em explicações e desenrolar toda uma investigação, podendo desapontar os verdadeiros "freaks" por tudo aquilo que o primeiro filme inspirou. Não espere atuações interessantes. Aqui tudo é feito em nome das corridas. Como passa-tempo, funciona bem. Talvez a última cena, o tradicional "gancho", possa indicar que um quinto filme seria mais próximo do que esperávamos.

Nota 6,5

Trailer: