domingo, 22 de junho de 2008

O Agente de 40 Anos

Emprestando um pouco de seus personagens anteriores, Steve Carrell se diverte nesta adaptação
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AGENTE 86
(Get Smart; EUA, 2008)
Dir.: Peter Segal
Com Steve Carrell, Anne Hathaway, Alan Arkin, Dwayne "The Rock" Johnson
110 Min - Comédia - 12 anos
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Você ja ouviu falar em Steve Carrell. O Virgem de 40 Anos. O reporter Evan Baxter de "Todo Poderoso". O chefe incompetente Michael Scott do hilariante seriado "The Office". A nova encarnação de Maxwell Smart, o Agente 86. Quando pensamos nele, pensamos em suas caretas genuínas, em seus gritos histéricos e sua veia comica original. Um dos atuais gênios da comédia física.
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Agora, imaginem esse Steve Carrell, sendo arrastado por um carro em chamas e em alta velocidade, em um trilho de trem, na rota de colisão com uma locomotiva. Enquanto isso, tempo para as suas piadas, gags e (muito) bom humor. Esse é o clima de "Agente 86", comédia de ação baseada no famoso seriado da década de 60, criada pelos genios do humor Mel Brooks e Bucky Henry, como uma sátira aos filmes de espionagem em tempos de guerra fria. O filme foca na primeira missão do agente da CONTROL, precisando desbancar um perigoso esquema de Armas Nucleares, distribuída pela Agencia KAOS, a rival.
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"Sim, é um sapatofone..."
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Quando o assunto é ação, o filme não decepciona (muito pelo contrário, deixa muitos filmes do gênero em dívida) e quando o filme precisa ser engraçado, todos os holofotes focam na performance competente de Carrell, que carrega o filme de forma brilhante, com o tom pastelão esperado do astro. Um dos filmes que arrancou mais risadas deste blogueiro em um ano relativamente fraco para comédias (salvo raras exceções). Mesmo quem nunca havia ouvido falar em Maxwell Smart, pode abraçar a história facilmente e aproveitar o espetáculo. Uma ou outra falha na história e algumas atuações abaixo do esperado não estragam de forma alguma a diversão. Destaque para algumas pontas não-creditadas, cenas de saudável improviso e a aparição relâmpago de Bill Murray em uma cena curiosa, onde praticamente "passa o bastão" da comédia para Carrell.
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(Nota 9,0)
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Trailer:

sexta-feira, 20 de junho de 2008

De volta à "Grande Maçã"

Dois anos depois do fim da série, as quatro amigas de Manhattan voltam para satisfazer suas ávidas fãs.

SEX AND THE CITY - O FILME
(Sex and The City; EUA, 2008)
Dir.: Michael Patrick King
Com Sarah Jessica Parker, Cynthia Nixon, Kirstin Davis, Kim Catrall
145 min - Romance - 16 Anos
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Para começar esse post, preciso especificar algumas coisas:

1-Assisti a poucos episódios de Sex and The City antes de conferir o filme. O suficiente para conhecer as personagens principais e o básico sobre cada uma delas.
2-Não faço ideia de como se parece um Manolo Blahnik
3-Nunca bebi um Cosmopolitan
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Ok. Agora podemos continuar. Levei minha namorada para assistir a "Sex and the City - O Filme", devido a grande verve que a série é para ela. Tem todas as temporadas em casa e sempre assiste qualquer episódio de qualquer ponto que ele esteja. Sabe algumas falas de cor e salteado, e adora o figurino da série. E eu, como amador no que diz respeito a tudo isso fui pela diversão.
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O filme trata basicamente da relação das quatro amigas cerca de dois anos após os acontecimentos do episódio derradeiro da série (que se encontrava em sua 6a temporada). Samantha estava em Los Angeles, longe das outras três amigas: Miranda com um casamento estável, Charlotte as voltas com sua filha adotiva e Carrie vivendo muito bem com o seu namorado, Mr. Big.
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O filme é uma coleção de gags, intercalada com dramas particulares de cada uma das protagonistas. Uma decide se casar, outra engravida, a terceira descobre que foi traída pelo marido e a quarta... Bem... A quarta começa a se questionar sobre o que tem de certo e o que tem de duvidoso em sua vida.
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"Podem rir... A gente vai fazer o segundo!!"
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A trama fica até um pouco séria lá pelo meio. Mas as piadas funcionam. As "piadas para o povo" (leia-se os não familiarizados com a série de TV) fazem rir e as piadas para quem esperou mais de dois anos para ver o filme satisfazem e geram comentários para o pós-sessão. Mas é unânime as expressões felizes ao fim da exibição. Ah, e para quem interessar, o figurino está caprichado.
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(Nota do blog: 8,0)
(Nota da namorada: 10,0)
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Trailer:

Não pise na grama.

Shyamalan entra para o time de Al Gore em defesa do planeta, mas prefere assustar a platéia de uma forma mais convencional.

FIM DOS TEMPOS
(The Happening; EUA, 2008)
Dir.: M. Night Shyamalan
Com Mark Whalberg, Zooey Deschannel, John Leguizamo
91 min - Suspense - Censura 16 Anos

É estranho dar o pontapé inicial neste blog com um filme tão controverso como esse Fim dos Tempos.
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"A Dama na Água" é ruim? "A Vila" você detestou? Se decepcionou com "Corpo Fechado"? Se a resposta for positiva para uma dessas afirmações, talvez na sala ao lado, o programa seja mais interessante... Bem, este blogueiro/crítico gostou de "A Vila", tem em "Corpo Fechado" um de seus filmes prediletos e achou a "Dama na Água" algo entre o "bonitinho" e o "decepcionante". Ah, e ainda considera M.Night Shyamalan em alto conceito. E com essa expectativa, fui assistir "Fim dos Tempos" no último fim de semana.
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Para quem ainda não sabe, ou não ouviu falar, a premissa básica da história: Pessoas começam a se matar misteriosamente em alguns parques dos EUA. O que a princípio é tido como um ataque terrorista, toma outras formas depois que teorias começam a surgir sobre o que estaria afetando o senso de preservação dos habitantes comuns.
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Sem tentar estragar quaisquer surpresas do espectador, digo que o filme precisa ser encarado como quem acredita que a premissa pode lhe trazer sustos e um final reflexivo. Sustos e o final reflexivo estão presentes, não se preocupem. O filme se limita a contar a história de um casal que precisa fugir da "onda" de suicídios coletivos (muitos deles bem... "gráficos"), ao mesmo tempo em que tentam estabilizar a relação. É um filme que esbanja muita tensão, mas no fim das contas acaba se tornando muito bizarro.
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O diretor M. Night Shyamalan, que tem no currículo sucessos como "Sinais" e o excelente "O Sexto Sentido", aplica gradativamente mensagens de protesto em seus filmes contra algo que esteja acontecendo no mundo. Aqui o apelo é claro. Aquecimento global, planeta em crise, e como tratamos a "Mãe Natureza". A mensagem é transmitida de forma clara, mas em um veículo irregular. A direção de Shyamalan está lá, com suas tecnicas (hora um tanto desgastadas) e sua forte crença na história. Mas ao acender das luzes da sala de projeção, um vazio. E agora?

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(Nota 6,0)

Trailer: