sexta-feira, 20 de junho de 2008

Não pise na grama.

Shyamalan entra para o time de Al Gore em defesa do planeta, mas prefere assustar a platéia de uma forma mais convencional.

FIM DOS TEMPOS
(The Happening; EUA, 2008)
Dir.: M. Night Shyamalan
Com Mark Whalberg, Zooey Deschannel, John Leguizamo
91 min - Suspense - Censura 16 Anos

É estranho dar o pontapé inicial neste blog com um filme tão controverso como esse Fim dos Tempos.
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"A Dama na Água" é ruim? "A Vila" você detestou? Se decepcionou com "Corpo Fechado"? Se a resposta for positiva para uma dessas afirmações, talvez na sala ao lado, o programa seja mais interessante... Bem, este blogueiro/crítico gostou de "A Vila", tem em "Corpo Fechado" um de seus filmes prediletos e achou a "Dama na Água" algo entre o "bonitinho" e o "decepcionante". Ah, e ainda considera M.Night Shyamalan em alto conceito. E com essa expectativa, fui assistir "Fim dos Tempos" no último fim de semana.
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Para quem ainda não sabe, ou não ouviu falar, a premissa básica da história: Pessoas começam a se matar misteriosamente em alguns parques dos EUA. O que a princípio é tido como um ataque terrorista, toma outras formas depois que teorias começam a surgir sobre o que estaria afetando o senso de preservação dos habitantes comuns.
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Sem tentar estragar quaisquer surpresas do espectador, digo que o filme precisa ser encarado como quem acredita que a premissa pode lhe trazer sustos e um final reflexivo. Sustos e o final reflexivo estão presentes, não se preocupem. O filme se limita a contar a história de um casal que precisa fugir da "onda" de suicídios coletivos (muitos deles bem... "gráficos"), ao mesmo tempo em que tentam estabilizar a relação. É um filme que esbanja muita tensão, mas no fim das contas acaba se tornando muito bizarro.
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O diretor M. Night Shyamalan, que tem no currículo sucessos como "Sinais" e o excelente "O Sexto Sentido", aplica gradativamente mensagens de protesto em seus filmes contra algo que esteja acontecendo no mundo. Aqui o apelo é claro. Aquecimento global, planeta em crise, e como tratamos a "Mãe Natureza". A mensagem é transmitida de forma clara, mas em um veículo irregular. A direção de Shyamalan está lá, com suas tecnicas (hora um tanto desgastadas) e sua forte crença na história. Mas ao acender das luzes da sala de projeção, um vazio. E agora?

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(Nota 6,0)

Trailer:

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