domingo, 14 de junho de 2009

Longe da salvação

Christian Bale deu um chilique no set por conta disso...

O EXTERMINADOR DO FUTURO: A SALVAÇÃO
(Terminator Salvation; EUA, 2009)
Dir.: McG
Com Christian Bale, Sam Worthington, Bryce Dallas Howard, Anton Yelchin
1h55 min - Ação - 14 anos



Quando James Cameron fez Arnold Schwarzenegger soltar o famoso "I'll Be Back", mal ele sabia o que ele havia criado. O primeiro filme, foi uma bela surpresa. O segundo um clássico do cinema contemporâneo e de longe, o melhor da saga. O terceiro, um completo desastre. Mas como ddeixar uma franquia milionária em suspensão? Sem o "governator" no poster, a idéia inicial de "Exterminador 4" era dar novas caras (o operário-padrão do momento Christian Bale, por exemplo) e ressaltar aquele apocalíptico que até então vimos apenas em flashbacks. Ou se preferir, passar o espanador nos cenários do Mad Max.

A história, passada depois do domínio da Skynet, traz John Connor consolidado como líder da resistência humana às voltas com uma nova tecnologia que seria capaz de controlar as maquinas. Mas no meio do caminho, o garoto Kyle Reese (que seria crucial para a existência de Connor) foi capturado pelo inimigo, e com a ajuda de Marcus Wright, um homem misterioso, eles terão de efetuar o resgate do garoto e colocar um fim à ameaça.

"Esse Octopus é mesmo muito interessante..."

O filme só não consegue ser mais desastroso, porque promete o que cumpre: Cenas de ação de cair o queixo. A primeira sequência, em especial estabelece as condições em que os heróis do filme estão, e o nível de perigo que os vilões oferecem. E mais, a tecnologia estaria em um nível sufocante e letal para a resistência. Com isso dito, é necessário dizer que em meio as inacreditáveis falhas no roteiro, e a história besta, o filme se preocupa tanto em prestar homenagens aos filmes anteriores que parece se esquecer de entreter o público atual. O que poderia ser a grande reviravolta da história, é vendida logo no trailer final e portanto, enfraquecida durante a sessão. Se espera explosões, tiros e muita destruição, vá em frente. Se espera um capítulo digno de dar continuidade ao clássico "T2", junte-se ao clube...

Nota: 6,0

Trailer:

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Jogo de Espiões

Julia Roberts e Clive Owen tentarão enganar a todos...

DUPLICIDADE
(Duplicity; EUA, 2009)
Dir.: Tony Gilroy
Com Julia Roberts, Clive Owen, Tom Wilkinson, Paul Giamatti
2h05 - Comédia - 14 anos


A máxima de que grandes astros fazem bons filmes, tem se mostrado em baixa nos últimos anos. Eu, particularmente, discordo. Penso que bons roteiros, fazem bonfilmes. Os astros influenciam, sem dúvida, mas vamos com calma. Astros inspirados ou astros à vontade se encaixam e o bom filme sai. "Duplicidade" tem o plano perfeito: Uma trama esperta, um trailer engraçado e bons atores à frente. O casal principal tem a química que consagrou o filme "Closer - Perto Demais" (ainda que você não se sinta tão entusiasmado com este excelente filme). O que poderia dar errado?

Claire (Julia Roberts, com sono) trabalha de espiã para uma multinacional de produtos de higiene pessoal. Ray (Clive Owen, empolgado até demais) trabalha como espião para a empresa rival. Uma delas tem um novo segredo que será lançado ao mercado em breve. O que ninguém sabe (a não ser você, espectador), é que Claire e Ray são amantes e pretendem dar um golpe e faturar uma bolada com o tal segredo. Se não fosse o fato de um não confiar no outro.

"Não consigo sorrir mais do que isso..."

E então, o que poderia dar errado? Bem, as coisas não dão errado, propriamente dito. Mas o problema de "Duplicidade" é que a trama quer ser mais complexa do que ela deveria ser. é divertido ver o casal com a falta de confiança um no outro, mas tudo se estende ao ponto de você começar a sacar o que virá a seguir. As reviravoltas se tornam previsíveis e o filme perde um pouco de sua força. O diretor Tony Gilroy (do excelente "Conduta de Risco") acerta mais com seus coadjuvantes (sem mencionar na excelente sequencia dos créditos iniciais, onde a rivalidade das empresas é estabelecida sem precisar de uma fala) do que com seus atores principais. Roberts parece atuar certa de que o filme será um sucesso, ao passo de que Owen se mostra apto a fazer de tudo para que isso aconteça. A atmosfera "cool" funciona melhor na trilogia "Onze Homens e Um Segredo". Mas é divertido, sem dúvidas.

Nota: 7,5

Trailer:

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Injeção de Ânimo

Maior e melhor. O segredo de uma sequência de sucesso.

UMA NOITE NO MUSEU 2
(Night at The Museum: Battle for the Smithsonian; EUA, 2009)
Dir.: Shaum Levy
Com Ben Stiller, Amy Adams, Hank Azaria, Robin Williams
1h45min - Aventura - 10 anos

Ainda existe algumas pessoas que habitam o mundo das produções cinematográficas, que sabem como fazer filmes para a família. Filmes onde as reviravoltas não incluem um fim de semana em acampamentos, guerras de comida, e tantos outros clichês do gênero. Sem aquela "maluquice saudável" dos primeiros filmes da série "Esqueceram de Mim" e outros habitantes das sessões da tarde, produzidos por John Hughes e Chris Columbus, cheios de clichês, mas nunca apelativos. E anos depois, a simples idéia de um museu vivo, e sua saudável sequência.

Saudável, por trazer personagens interessantes de volta. Saudável, por saber fazer o público rir. Saudável por respeitar a sua história e a história natural. O filme traz o personagem de Ben Stiller, Larry Daley em meio ao sucesso de sua pequena empresa, mas sendo obrigado a voltar às origens de guarda do museu de Nova York, quando descobre que seus amigos estão sendo transportados para Washington. E os que não estão, serão fadados à inanimação eterna (você vai ver no filme). Larry terá de se infiltrar no novo museu e garantir que a ordem será instaurada.

"Não é o seu guarda comum"

O filme é exatamente o que "filmes familiares" devem ser: Divertidos, barulhentos, coloridos e sem qualquer pretensão de ser realista. Ben Stiller comanda (quando não desaparece entre) os coadjuvantes, que ganham excelentes novidades com a entrada de novos personagens do museu de Washington. Um vilão caricato, mas que se encaixa perfeitamente no contexto, se alia a novos vilões da história o que dá espaço a novas gags (a melhor delas no momento onde dois outros querem aderir à causa). Os roteiristas, que se divertiram muito mais do que no original, aproveitam a deixa para soltar piadas para adultos e ganhar a simpatia dos infantos. O original continua com seu charme irretocável e felizmente, respeitado. Mas o recado de que as sequências devem ser maiores e mais divertidas foi entendido com perfeição.

Nota:8,0

Trailer:

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Dedo na Ferida

A polêmica continua...

ANJOS E DEMÔNIOS
(Angels & Demons; EUA, 2009)
Dir.: Ron Howard
Com Tom Hanks, Ayelet Zurer, Ewan McGregor, Stellan Skarsgard
2h18 min - Suspense - 16 Anos



Dan Brown é um escritor que obteve grande sucesso com livros intrigantes, polêmicos e surpreendentes. Muito bem argumentados e com tramas de prender o leitor, alguns críticos já previam versões cinematográficas de seus romances. Em 2006, quando seu maior sucesso "O Código DaVinci" foi lançado em meio à polêmica com a igreja católica, o público achou que a adaptação havia ficado aquém das páginas, mesmo com a farta bilheteria que indicava o retorno de Robert Langdon na pele do astro Tom Hanks. O DVD do "código" anunciava a pré-produção, e três anos mais tarde, o segundo filme.

Anjos e Demônios traz Langdon envolvido com uma investigação que indica uma suposta conspiração de uma seita secreta, os Iluminatti, que pretendem assassinar o Papa assim que esta for escolhido e assumir o posto. Mas o sequestro dos quatro principais postulantes ao cargo e a ameaça da execução de cada um deles faz com que seja instaurada uma corrida contra o tempo para que seja impedida uma tragédia na frente de milhares de (religiosos) que aguardam o anúnico do novo chefe-maior da Igreja Católica.

"É... vai chover mesmo..."

Ron Howard continua com sua mão segura, alinhada à tomadas delirantes e vertiginosas, para passar a idéia de magnitude, seja dentro de uma igreja em Roma, seja em meio à uma praça tomada por religiosos. A história ajuda e Hanks parece estar mais à vontade como Langdon. A ameaça também se torna mais palpável que o filme anterior e o corre-corre que o roteiro exige acaba por ser bem executado. A impressão que fica é que "Anjos e Demônios" foi concebido para apagar toda a decepção que "Código" deixou nos fãs da obra. Talvez pelo fato da polêmica ser mais, digamos, tátil do que as teorias e códigos e tramas. Não é perfeito, mas diverte. E superior ao filme de 2005.

Nota: 7,5

Trailer: