(Black Swan; EUA, 2011)
Dir.: Darren Aronofsky
Com Natalie Portman, Mila Kunis, Vincent Cassell, Barbra Hershey
1h48min - Suspense
Tem algo de muito sombrio durante as quase duas horas de projeção de “Cisne Negro”
Pode ser a mão propositalmente pesada de Darren Aronofsky e seus cenários contrastantes em preto e branco (uma óbvia alusão ao conflito do bem e o mal – cisne branco e cisne negro)
Pode ser a linha tênue entre a sanidade mental e física que Natalie Portman e sua Nina Sayers vive.
Pode ser ainda, a panela de pressão profissional, em que a personagem está, concorrendo pelo papel principal em “O Lago dos Cisnes”, a intensa cobrança de sua mãe, ex-bailarina, completada pela necessidade de uma apresentação perfeita.
Pode ser, sim, tudo isso.
"Acho que você está bem estressada..."
Essas duas horas que o diretor Aronofsky cria aqui, pode bem ser as duas horas mais intensas do cinema deste ano.
Ou o mais assustador de tudo, seja simplesmente o fato de que, o filme consegue estabelecer uma conexão entre personagem e espectador, ainda que Nina, viva em um mundo tão incomum a muitos de nós.
Culpa, também, de Natalie Portman.
A mais perfeita das apresentações cinematográficas em anos.
Porque não basta mergulhar no papel. Tem que levar o espectador junto.
E juntos vamos, até beirar a loucura, em um mundo pouco conhecido.
Mas o suficiente para soltar um primeiro respiro após duas horas, numa dança assustadora, promovido por um cinema de baixo orçamento, mas de primeira qualidade.
(Nota: 9,5)
Trailer:
Indicado a 5 Oscars:
-Melhor Filme
-Melhor Diretor (Darren Aronofsky)
-Melhor Atriz (Natalie Portman
-Melhor Fotografia
-Melhor Edição