terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Visita Indigesta

Uma invasão alienígena sem impacto.

O DIA EM QUE A TERRA PAROU
(The Day The Earth Stood Still; EUA, 2008)
Dir.: Scott Derrickson
Com Keanu Reeves, Jennifer Connelly, Jared Smith, John Cleese
1h43 min - Ficção - 10 Anos


Assim como muitas coisas na vida, o cinema também é ciclico. Ou como costumamos a chamar, remakes. E os remakes, por sua vez, se dividem em dois: Aqueles que copiam o original e os que dão uma repaginada no original. E é preciso coragem para enfrentar fãs  do clássico para transpor uma nova mensagem. A fórmula parecia ser básica: troca-se bomba atômica por guerra e aquecimento global e a mensagem para a nova geração estava a ser dada. O que então, poderia dar errado?

O filme conta a história da chegada de Klaatu, um alienígena que se diz "amigo do planeta Terra". Sem saber das verdadeiras intenções, uma bióloga se dispõe a proteger o visitante intergalático dos interesses do governo americano. Enquanto isso, tem que lidar com seu problemático afilhado (Jared Smith, o promissor filho de Will Smith) e ajudar o alienígena a cumprir seu dever.

"Deixa eu entrar, que eu tô num prego desgraçado..."

O filme tem uma divisão gigantesca: A primeira hora de filme funciona maravilhosamente, apresentando personagens, tentando escalar a gravidade de uma invasão alienígena e mostra um exército despreparado. A sensação de "fim do mundo" pode não ser perfeita, mas você acredita na história. Tudo certinho. Até ali você compra a idéia e até se simpatiza com Keanu Reeves e a sua cara de cansaço. Então, uma cadeia de fast food aparece. Este é o limite. A partir daí, o filme acaba. E não é porque o logo dourado do restaurante aparece. Mas porque toda a construção do filme acaba por ser concluído com o desperdício do personagem mais intrigante da trama (um robô de 15 metros de altura), a um plano de fuga tonto, um fiapo de história, enxurradas de efeitos especiais (um tanto mal-aplicados, diga-se de passagem) e o que parece ser a conclusão mais preguiçosa dos últimos tempos.  É como se no meio do caminho, a mensagem que você esperava ser contada, fosse trocada por uma mais fácil e menos polêmica para o público. Um tiro no pé, na minha opinião. Ou uma terceira divisão dos remakes: Aqueles que não deveriam ter saído da gaveta.

Nota: 5,5

Trailer:

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