quinta-feira, 15 de julho de 2010

O Poder da Sugestão

ECLIPSE
(The Twilight Saga: Eclipse; EUA, 2010)
Dir.: David Slade
Com Robert Pattinson, Kirsten Stewart, Taylor Lautner, Dakota Fanning
2h04 min - Romance - 10 anos



Entendam. Eu jamais li uma página dos livros da saga.

Nunca me interessei.

Mas conheço muita gente que foi conquistado(a) pela história da adolescente que se vê dividida entre o amor de um vampiro e de um lobisomem. Cada um com suas particularidades. Você pode até argumentar que a história é muito mais do que isso. Eu vou contrariar. Você pode insistir. E eu manterei minha posição. Porque a essência das quatro histórias é o desenvolvimento desta premissa.

Portanto vou me ater a falar do filme, e jamais dos livros, pois os dois primeiros parágrafos deste post, seriam base para qualquer contra-argumento.

E no terceiro capítulo da história, vemos o casal Bella e Edward as voltas com um iminente ataque de vampiros organizado por Victoria, com o intuito de matar a mocinha, para vingar a perda de seu amor James (lá no primeiro filme). E com isso, a tribo dos Lobisomens, rivais dos vampiros que deverão formar uma aliança para proteger seu território.

Mas mais do que isso, proteger a mocinha, que (lembrando...) é disputada por um lobisomem e por um vampiro.

Parece muito vago, eu sei. E peço desculpas. O meu entendimento da saga é superficial demais para descrever mirabolantes sinopses... Sou aquele cara que só viu os filmes e não leu o "além-do-filme".

"É cara, você não brilha no sol..."

Ok. Em termos de cinema, nenhum dos dois primeiros filmes deram lá seu show de bola. Foram histórias competentes, matematicamente calculadas para arrancar suspiros do público feminino.

Tiram a camisa, brilham no sol, correm, beijam, e quase choram...

Neste terceiro episódio, é incorporado um elemento precioso, quase que ignorado nos dois filmes anteriores: O suspense.

Ta-ram!

Um filme de vampiros sem suspense? Talvez fosse esta a fórmula que fez de "Crepúsculo" e "Lua Nova" dois filmes na média. Ou talvez, também fosse isso.

Porque esperar grandes interpretações do elenco principal, seria, acima de tudo, "forçar a amizade".

É, portanto, o suspense. A fórmula "mágica" que faz de Eclipse, um filme bem melhor do que seus antecessores. Não espere também, um "Cabo-do-Medo-vampiresco-e-lobisomesco", mas dadas as devidas proporções, um elemento que adicionado a trama, deixou a trama um pouco mais interessante. Mesmo com a vilã Victoria (Bryce Dallas Howard, com uns 20 minutos de tempo de tela no total) decepcionando, o poder do filme está na sugestão de que coisas ruins irão acontecer.

E a fragilidade da mocinha, interpretação e personagem, potencializa o poder da sugestão.

Nota: 5,5

Trailer:

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