terça-feira, 12 de agosto de 2008

Ressucitando os Mortos

Mais uma franquia tenta se reinventar.
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A MÚMIA - TUMBA DO IMPERADOR DRAGÃO
(The Mummy - Tomb of the Dragon Emperor; EUA, 2008)
Dir.: Rob Cohen
Com Brendan Fraser, Jet Li, Maria Bello
1h 52 min - Aventura - 12 anos


A expectativa pode derrubar a experiencia de assistir a um filme. Foi assim em 2001 quando "O Retorno da Múmia" foi lançado para dar continuidade à franquia iniciada com o pé direito em 99. A expectativa era grande e o filme... Bem, digamos que o primeiro tinha sido bem superior. E o filme solo do Escorpião Rei (vilão sem graça que tirou os holofotes do verdadeiro vilão do segundo filme - a Múmia, oras!) fracassou nos cinemas, vídeo e nas rodinhas de conversa. Como sempre tem alguém para desenterrar os mortos (desculpem o trocadilho...), tiveram a ideia de trazer de volta a finada franquia em um novo ambiente (China, sede das Olimpíadas e novo refúgio de Hollywood), com uma Múmia nova e as mesmas piadas.

Alex, o filho de Rick O´Connell (Brendan Fraser) cresceu, e como seus pais se torna um caçador de tumbas. Realiza seu sonho quando descobre a Tumba do Imperador Dragão (Jet Li, desperdiçado), um homem sedento por poder que foi amaldiçoado no passado e junto com seu exército enterrado no deserto. Mas, como de praxe, a múmia é desenterrada. E o Imperador Dragão convoca seu exército novamente para retomar a sua cruzada. Mas o clã dos O´Connell voltará a ativa para combater a nova ameaça.

"Duvido que você chute alto assim..."
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Depois de assistir inúmeras vezes ao trailer deste filme, apesar de não ter me agradado, era a expectativa de uma nova guinada depois do fiasco do seu antecessor. Esperava um filme mais próximo ao primeiro, que tinha todo o charme que uma aventura de época tinha. Estava estampado que seria um show descontrolado de efeitos especiais e o humor desgastado no mesmo pique desde a primeira incursão, apesdar de algumas piadas trazerem um sorriso à tona. Mas este episódio sofre de outros males. O maior deles, a falta de química entre os personagens. Não que a substituíção de Rachel Weisz por Maria Bello tenha sido ruim, mas as cenas do casal principal do filme (em especial a sequência que ainda estão na Inglaterra) parecem ter sido tiradas de um quadro do Zorra Total. A franquia perde de vez a sua identidade e o vilão que por toda a campanha de marketing, prometia agitar o filme se esconde atras de efeitos especiais. E qualquer filme que faça Jet Li sair no braço com Brendan Fraser deveria repensar seus conceitos. Resumindo: O primeiro continua muito bom. O segundo continua muito ruim. E o terceiro episódio força a barra demais e fica no meio do caminho. Diversão para uma tarde descompromissada e nada mais.
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(Nota 3,5)
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Trailer:

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