quarta-feira, 2 de abril de 2014

Bale, o matador.

Boas atuações garantem a sessão.

Tudo por Justiça
(Out of The Furnace; EUA, 2013)
Dir.: Scott Cooper
Com Christian Bale, Woody Harrelson, Zoe Saldana, Casey Affleck
1h56 - Drama - 16 Anos


Christian Bale já foi o Batman. Já foi um psicopata. Ja interpretou John Connor e até Demetrio, de Shakepeare. Ganhou um Oscar por interpretar um viciado em crack. Mergulha em seus personagens a ponto de se dispor a radicais transformações físicas (De "O Maquinista", para "Batman" em menos de um ano) para que suas interpretações fiquem ainda mais ricas. 

Nesse "Tudo por Justiça", pode não ter ido tão longe na transformação física, mas, como já estamos ficando (mal?) acostumados, da um show de interpretação. E nesse caso, isso significa necessariamente, que ele é o maior e melhor ponto desta "grande pequena história". 

Em meio a uma depressão econômica, Russell Baze e seu irmão mais novo, Rodney, sempre imaginaram ter vidas melhores do que trabalhar numa fábrica. Certo dia, numa imprevisível virada do destino, Russell é preso e seu irmão, agora veterano de guerra, busca perigosas lutas clandestinas, até o dia em que desaparece, fato que fará Russell, uma vez solto, arriscar sua liberdade, em prol de encontrar justiça pelo seu irmão. 

Opa, olha um pato ali
Isso foi uma breve descrição do que encontrar em duas horas de projeção. Deixei muita coisa de fora. Parte para lhes proteger de spoilers mas também porque há um vasto número de subtramas - o pai doente, a namorada de Russell, o tio, o policial, o personagem de Willem Dafoe - o que acaba por abrir muita coisa para pouco tempo. 

A história apresenta seus personagens com a calma e a riqueza em detalhes necessária para que cada decisão e razões sejam devidamente justificada até o seu melancólico - e previsível - final.  E se Christian Bale é sinônimo de qualidade, todo o restante do elenco se mostra à altura, em especial, Woody Harrelson, que em meio a tantos papéis cômicos, aqui interpreta um vilão perigoso numa interpretação assombrosa, ainda que com tempo reduzido de tela. 

Mas talvez um enredo tão recheado de subtramas (e tem muita coisa contada para duas horas de filme), acaba por ser vendida de forma equivocada. Quem espera um thriller de caça aos culpados, acaba encontrando um drama de belas atuações e com a tal busca por justiça encaixada na última meia hora. O que não é ruim, mas pode decepcionar muita gente.

Dificil mesmo, é conseguir se decepcionar com Christian Bale.


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