sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O direito de ser

Sean Penn roubará a noite do Oscar?

MILK - A VOZ DA IGUALDADE
(Milk; EUA, 2008)
Dir.: Gus Van Sant
Com Sean Penn, Josh Brolin, James Franco, Emile Hirsch
2h08 min - Drama - 16 Anos



Gosto muito de filmes biográficos. Principalmente quando se trata de alguém desconhecido para mim. Não importa a causa, não importa o contexto, nem a nacionalidade. Apenas me dê uma biografia de alguém que nunca ouvi falar e me conte como que a sua história influencia no mundo de hoje. E aqui, temos um elenco brilhante, liderado por Sean Penn (um dos astros mais inteligentes e capacitados do cinema atual) em uma biografia de uma persona inédita. Pelo menos, para mim, inédita.

Penn interpreta Harvey Milk, ativista que foi decisivo na luta pelos direitos dos homossexuais até se tornar o primeiro congressista gay dos Estados Unidos. Até o seu assassinato no fim da década de 70. O filme foca na luta desde a mudança do personagem para San Francisco até sua ascenção como congressista americano, terminando no ano de seu assassinato. No meio do caminho, os relacionamentos turbulentos do personagem e como ele influenciou o cenário.


"Espera, o que você disse sobre o meu cabelo?"

Eu sei que já estou me tornando repetitivo. Já é o quarto post consecutivo que vou exaltar uma atuação. Mas falar de Milk e não citar a performance marcante de Sean Penn é o mesmo que falar de um jogo de futebol e não mencionar os times que jogam. Levou os prêmios de melhor ator em todas as premiações em que Mickey Rourke não levou. Dito isso, É necessário exaltar também o tremendo trabalho de direção por parte de Gus Van Sant. Eu estava com sérios problemas para aceitar seus trabalhos mais recentes (vastamente elogiados pela crítica) e aqui ele utiliza de seu estilo clássico que cai como uma luva para imprimir a pressão em que Harvey Milk sentia. Ainda para quem não sabia absoulutamente nada sobre o ativista (eu, por exemplo) consegue captar o tom aflitivo dos reprimidos, substituindo takes impressionistas ou frases de efeito por takes densos e visualmente comprimidos. Os coadjuvantes que tomam o filme de assalto (com menção principalmente a Josh Brolin como o adversário político Dan White), estão muito bem, cada um focado na diferente forma de influenciar o personagem principal. O desfecho entregue logo aos cinco minutos de filme só fazem por ajudar na crescente aflição até o triste climax, enaltecido pela trilha maravilhosa de Danny Elfman coroam um dos mais impressionantes filmes que você verá em 2009. 

Nota 9,5

Trailer:



8 Indicações ao Oscar:

-Filme
-Diretor
-Ator (Sean Penn)
-Ator Coadjuvante (Josh Brolin)
-Roteiro Original
-Montagem
-Figurino
-Trilha Sonora

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